O treinador da equipa sénior de futebol do CD Nacional, Costinha, foi castigado com 11 dias de suspensão e uma multa de 2907€.

Uma decisão ontem divulgada pelo Conselho de Disciplina da FPF e que é justificada com uma alegada lesão da honra e reputação dos árbitros por parte do técnico alvi-negro devido às declarações prestadas numa conferência de imprensa realizada a 14 de fevereiro.

Do acórdão, ressalta que mais do que a certeza da culpa do técnico do Nacional no ‘crime’ que lhe é imputado, existente antes o reconhecimento de que “a aceitação da credibilidade de toda a prova está dependente da convicção do julgador”.

Ou seja: foi a convicção do julgador que determinou o castigo, sendo completamente deitados ao lixo dois princípios basilares do processo penal: a presunção da inocência e o “in dúbio pro reo”. Ainda para mais tratando-se de alguém com um comportamento irrepreensível antes, durante e depois dos jogos, como bem o demonstra uma folha disciplinar imaculada na presente temporada.

A juntar a isto, um timing que dá que pensar. O processo foi instaurado a 20 de fevereiro, a decisão sai a 24 de abril. Mais de dois meses depois e na véspera do ‘dia da liberdade’.

E isto numa altura em que o campeonato está numa fase decisiva, e o adjunto Nuno Pinto está castigado e impedido de ir ao banco.

Fica pois a certeza de que o CD Nacional não se irá calar perante tamanha injustiça, e irá recorrer a todos os meios ao seu alcance para a defesa do seu treinador.