O Pestana Casino Park Hotel acolheu esta noite o Jantar de Gala comemorativo do 105º aniversário do CD Nacional.

Cerca de duas centenas e meia de pessoas fizeram questão de associar-se a este evento, que começou com a apresentação do novo site do Nacional e que teve muitos momentos marcantes.

Desde as prendas entregues pelo vice-presidente da FPF, Carlos Coutada, e pelo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, à atribuição dos prémios Condor.

Condor de Prata a Guilherme Silva

Condor de Ouro a Tolentino de Nóbrega

Condor de Ouro com Palma a Cristiano Ronaldo

Todos eles muito aplaudidos, tal como foram aplaudidos os sócios com 25 (emblema de prata) e 50 (emblema de ouro) anos de filiação clubística.

Na sua intervenção, o presidente do Nacional, Rui Alves, começou por historiar a evolução das subvenções públicas ao desporto, sublinhando depois a importância que tem para a Região e também para a sua economia o facto de ter equipas a competir na I Liga.

Porque sente que o atual Governo Regional mostra cada vez maior perceção dessa realidade, deixou por isso escapar que espera que Jorge Carvalho, actual secretário da Educação, seja o primeiro responsável governativo a promover um aumento da subvenção às equipas desportivas.

Depois do agradecimento aos patrocinadores, Rui Alves referiu-se depois aos galardoados com os prémios Condor, com uma emotiva referência a Tolentino de Nóbrega, e uma referência de grande gratidão a Guilherme Silva.

Relativamente a Cristiano Ronaldo, deixou escapar que talvez tivesse cometido um erro de gestão ao transferi-lo para o Sporting sem acautelar os interesses futuros do Nacional, mas deixou também a sugestão a Tranquada Gomes, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira e fiel depositário do galardão de CR7, de promover uma sessão na Assembleia madeirense para proceder à entrega do prémio ao Melhor do Mundo.

Jorge Carvalho, secretário regional da Educação, não fugiu ao repto, mas não prometeu aumentos. Prometeu apenas o empenho do Governo Regional em continuar a dar aos clubes profissionais o apoio necessário para que mantenham a sua qualidade no desporto espetáculo, e com a maior pontualidade, por forma a não perturbar o seu funcionamento.

A terminar, uma certeza: Aquilo que for o apoio regional ao desporto será sempre o possível, sem por em causa as áreas consideradas prioritárias pelo Governo. Assim, ficou a promessa de tentar manter as “equidades”, sem causar ineficiências na gestão dos clubes.

 

A encerrar os discursos, o presidente da Assembleia Geral do Nacional, Miguel de Sousa, que começou a sua intervenção sublinhando que os apoios dados pelo Governo aos clubes é “uma aplicação financeira rentável, onde o Governo Regional põe 4 milhões de euros e recebe 6 milhões. Cerca de 50% mais”.

Disse por isso não compreender que no ano em que o União passa de custo a constribuinte, pois com a subida à Liga NOS, passa a pagar muito mais impostos, o Governo Regional ter feito nova redução nos apoios.

Para Pedro Proença pediu atenção para a globalização da comunicação que cada vez mais torna o futebol um desporto com adeptos apenas de Benfica ou Porto, Real Madrid ou Manchester.

A começar pelo cuidado na escolha dos horários das transmissões televisivas. Mas sem descurar a forma como são distribuídas as receitas televisivas.

Dando como exemplo a Liga Inglesa, com estádios cheios e jogos equilibrados, lembrou que naquela Liga 80% das receitas das transmissões televisivas são distribuídas de igual modo por todos os clubes, pedindo por isso uma forma diferente de olhar para este fenómeno.

Até porque , lembrou, um Nacional-Benfica é mais equilibrado e disputado do que um Benfica-Nacional, pelo que deveria render mais ao Nacional do que aquilo que vale, especialmente quando comparado com o Benfica.

O parabéns a você e o partir do bolo encerrou a festa.